sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jovens, redes sociais e vícios.


Pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York (EUA), conduziram um estudo que associa dois problemas ligados à juventude: excesso de tempo gasto na internet e consumo de álcool e entorpecentes.
De acordo com os cientistas, adolescentes que usam redes sociais diariamente são cinco vezes mais propensos a fumar cigarros, três vezes mais propensos a beber álcool e têm o dobro de chance de fumar maconha.
Para chegar a estes números, os pesquisadores reuniram mil jovens com idades entre 12 e 17 anos. Do total, 70% disseram acessar sites de relacionamento diariamente enquanto 30% afirmaram o contrário.
Para os usuários regulares dos sites, a maior razão de acesso é a chance de compartilhar e ver fotos dos amigos. Entre as fotografias, as indicadas como mais “impactantes” eram justamente aquelas em que se consumia álcool e drogas em festas, o que seria a ponte para essa influência.
A solução para isso, de acordo com um Joseph Califano, um dos autores do estudo, seria aumentar o controle do material permitido nas redes sociais. Califano pede aos desenvolvedores dos sites que aprimorem os filtros do que pode ou não ser veiculado para um público que, majoritariamente, é composto por menores de idade. [Telegraph]Hypescience. fontes.

Jovens e o sexo desprotegido.


Segundo um novo estudo, por todo mundo, os jovens estão fazendo mais sexo desprotegido e sabendo menos sobre as opções de contracepção eficazes.
Um estudo preparado para o Dia Mundial da Contracepção (DMC) informou que o número de jovens tendo relações sexuais sem proteção com um novo parceiro aumentou 111% na França, 39% nos EUA e 19% na Grã-Bretanha nos últimos três anos.
“Não importa onde você esteja no mundo, existem barreiras que impedem os adolescentes de receber informações confiáveis sobre sexo e contracepção, que é provavelmente o motivo de mitos e equívocos permanecerem tão difundidos ainda hoje”, disse um membro da força-tarefa do DMC, Denise Keller.
“Quando os jovens têm acesso a informações e serviços de contracepção, eles podem fazer escolhas que afetam cada aspecto de suas vidas, e é por isso que é tão importante que as informações precisas e imparciais estejam facilmente disponíveis para os jovens”, completou.
A pesquisa, encomendada pela empresa farmacêutica Bayer e endossada por 11 organizações não governamentais, questionou mais de 6.000 jovens em 26 países, incluindo Chile, Polônia e China, sobre as suas atitudes em relação ao sexo e contracepção.
Na Europa, apenas metade dos entrevistados disse receber educação sexual na escola, em comparação com três quartos de toda a América Latina, Ásia Pacífica e EUA. Muitos entrevistados também disseram que sentiam vergonha de perguntar a um profissional de saúde sobre contracepção.
“O que os jovens estão nos dizendo é que eles não estão recebendo educação sexual suficiente, ou o tipo errado de informações sobre sexo e sexualidade”, afirmou Jennifer Woodside, da Federação Internacional de Paternidade Planejada.
Mais de um terço dos entrevistados no Egito acreditam que tomar banho depois das relações sexuais evita a gravidez, e mais de um quarto das pessoas na Tailândia e na Índia acreditam que ter relações sexuais durante a menstruação é uma forma eficaz de contracepção.
No entanto, Woodside diz que o fato de que muitos jovens se envolvem em relações sexuais desprotegidas e a prevalência de mitos prejudiciais não deve vir como uma surpresa.
“Os resultados mostram que muitos jovens ou não têm bom conhecimento sobre saúde sexual, ou não se sentem com poder suficiente para pedir a contracepção, ou não aprenderam as habilidades para negociar o uso de contraceptivos com seus parceiros para se proteger de gravidezes indesejadas ou doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)”, disse ela.
“Mas como os jovens podem tomar decisões que são direitos deles e para protegê-los de gravidezes indesejadas e das DSTs, se nós não os capacitarmos a adquirir as habilidades que eles precisam para fazer essas escolhas?”, argumentou.[MSN] HYPESCIENCE * FONTES