Acreditar que se pode ter tudo é uma coisa bonita, mas que está levando muitas mamães a depressão. Segundo um novo estudo, as “supermães” têm maiores taxas de depressão, em comparação com mães que trabalham e que deixam as coisas passarem.
O estudo descobriu que o trabalho é bom para a saúde mental das mães. E, entre as mães que trabalhavam, as menos deprimidas eram aquelas que não esperavam conseguir equilibrar o trabalho e a vida familiar sem problemas.
“Atribuir um ideal que as mulheres podem fazer tudo ao mesmo tempo na verdade aumentou o nível de sintomas depressivos delas, em comparação com as mais céticas sobre trabalho e família”, disse a pesquisadora Katrina Leupp.
Os pesquisadores analisaram as respostas de 1.600 mulheres casadas. Em 1987, as mulheres responderam a perguntas para avaliar seu apoio ao sexo feminino no mercado de trabalho, inclusive se elas concordavam com afirmações do tipo “As mulheres são muito mais felizes se ficarem em casa e cuidarem de seus filhos”.
Em 1992 e 1994, as mulheres, no momento com 40 anos, responderam perguntas sobre seus sintomas de depressão.
Como em estudos anteriores, os dados da pesquisa indicaram que as mulheres que trabalhavam fora tinham menos sintomas de depressão, talvez porque o emprego fora oferece mais interação social, atividades mais variadas e uma renda maior.
Entre as mulheres ocupadas, as mais felizes eram aquelas que indicaram que tinham, quando eram anos mais jovens, o mínimo para aquelas que queriam combinar a carreira e a família. “Ironicamente, as mulheres que não esperavam ser capazes de equilibrar o trabalho e a família tinham melhor saúde mental do que as que esperavam”, conta Leupp.
Leupp não sabe explicar as descobertas, mas diz que a razão dessa relação entre otimismo e depressão pode ser devido às expectativas das mulheres, e os verdadeiros ambientes de trabalho.
Mulheres que esperam “ter tudo” provavelmente se deparam com locais de trabalho que não são projetados para o equilíbrio com a vida familiar. O mundo real não é aquilo que elas tinham em mente. E, quando elas não conseguem equilibrar tudo perfeitamente, as “supermães” são mais propensas a sentir frustração e culpa.
“A pesquisa demonstra a incompatibilidade entre as expectativas das mulheres e a real estrutura do local de trabalho”, explica Leupp. Segundo a pesquisadora, as mães que trabalham devem moderar o seu otimismo sobre vida familiar e emprego, e não culpar a si mesma se for difícil equilibrá-los – porque é difícil. [LiveScience]hypescience
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