domingo, 12 de agosto de 2012

A verdade sobre bebidas esportivas e calçados especiais!


                                              imagem ilustrativa retirada da web





Bebidas esportivas e calçados especiais não lhe ajudam a ser um atleta melhor

      
Não faltam propagandas de bebidas energéticas e calçados esportivos que garantem que, com eles, seu desempenho esportivo vai melhorar. A ciência, no entanto, discorda.
Um novo estudo da Universidade de Alberta (Canadá) e da Universidade de Oxford (Reino Unido), publicado no British Medical Journal, mostra que atletas amadores não podem contar com bebidas esportivas ou calçados especiais para melhorar seu desempenho.
O que os pesquisadores fizeram foi analisar as afirmações de empresas de bebidas isotônicas e energéticas e de artigos esportivos de que seus produtos ajudam a melhorar o desempenho e prevenir lesões.


“Não há provas para apoiar essas reivindicações feitas por algumas das maiores marcas de esporte. É virtualmente impossível para o público fazer escolhas informadas sobre os benefícios e malefícios dos produtos esportivos anunciados”, disse um dos autores do estudo, Peter Gill.
O estudo


Anúncios em revistas gerais, revistas esportivas e de bem-estar no Reino Unido e nos Estados Unidos foram analisados quanto a afirmações relacionadas com o melhor desempenho esportivo ou recuperação que os produtos supostamente causam.
Uma vez que os pesquisadores identificaram as afirmações, eles procuraram as evidências por trás dessas reivindicações, o que incluiu analisar todas as referências citadas, avaliar os métodos utilizados nas pesquisas e determinar o risco de viés dessas afirmações.
A conclusão: mais da metade dos sites e anúncios que fizeram tais reivindicações não forneceram quaisquer referências.
Entre as afirmações que puderem ser avaliadas criticamente estavam 74 artigos, 84% dos quais considerados com alto risco de viés (apenas três foram considerados de alta qualidade e com um baixo risco de viés).
Sendo assim, o que os pesquisadores descobriram alguns mitos comuns no esporte foi que:
A cor da urina, que especialistas recomendam que os atletas fiquem de olho, não indica fielmente se eles estão hidratados ou não, pois essa cor depende de vários fatores, não apenas da hidratação;
Beber antes de sentir sede pode na verdade piorar o desempenho esportivo, e não melhorar;
Bebidas energéticas com cafeína e outros compostos não têm nenhum benefício acima e além do impulso que vem da cafeína;


Combinações de carboidratos e proteína pós-treino não melhoram o desempenho e a recuperação.
“A comercialização de produtos esportivos se tornou uma indústria multibilionária e o consumo de bebidas chamadas energéticas está aumentando todo ano, mas a pesquisa nesta área tem sido rotulada como metodologicamente pobre. Muitas das bebidas esportivas contêm altos níveis de açúcar e há uma preocupação que o seu consumo contribua para os crescentes níveis de obesidade em crianças”, conclui Gill.


Os males das bebidas esportivas
O alerta dado por Gill não é inédito; outras pesquisas já abordaram o lado ruim das bebidas energéticas.
Um grande estudo com 15 mil estudantes nos EUA, por exemplo, indicou que muitas crianças e adolescentes estão consumindo bebidas esportivas em excesso. Apesar de conterem carboidratos e eletrólitos como sódio e potássio, que ajudam na hidratação, essas bebidas também têm uma grande quantidade de açúcar.


Por exemplo, uma garrafa de Gatorade do menor tamanho encontrado no mercado contém 125 calorias e 35 gramas de açúcar. Não é tão ruim quanto um refrigerante, mas a última coisa que as crianças precisam é de mais açúcar, ligado fortemente com o ganho de peso e a obesidade.
Ou seja, esse tipo de bebida só é recomendado para as crianças que participam de atividades físicas intensas em climas quentes, e, mesmo assim, em quantidades limitadas (isso porque o mesmo estudo descobriu que quando as crianças bebem água com sabor ou bebidas esportivas ao invés de apenas água, elas tomam muito mais do que precisam).
E os especialistas vão além: segundo os médicos, as crianças podem ser mais vulneráveis ao conteúdo das bebidas energéticas do que os adultos. Se elas tomarem esse tipo de bebida regularmente, isso pode “estressar” o organismo, o que não é bom para um corpo ainda em desenvolvimento.Outro mal pode estar associado as bebidas esportivas quando ingeridas por crianças é a má formação dentária, pois, até o momento parece que a bebida atrapalha a absorção de cálcio pelo organismo infantil.


Outra pesquisa americana mostra que apenas uma bebida açucarada por dia (o que inclui bebidas esportivas) pode contribuir para o aumento da pressão sanguínea: quanto mais açúcar a pessoa ingere, maior a sua pressão arterial tende a ser.
Para finalizar, cientistas da Universidade James Madison (EUA) afirmam que os atletas podem se sair melhor com leite achocolatado do que com bebidas energéticas.
Analisando jogadores de futebol, eles descobriram que achocolatados proporcionam recuperações musculares tanto quanto ou até mais do que bebidas esportivas carboidratadas especializadas. A lesão muscular era menor em jogadores que tomaram o leite achocolatado depois do treinamento do que aqueles que tomaram bebidas energéticas comerciais. [MedicalXpress]


Crianças, fiquem longe de bebidas energéticas


     
Médicos americanos alertam que crianças e adolescentes devem evitar bebidas energéticas e só consumirem bebidas esportivas em quantidade limitada.
Especialistas temem que bebidas como Gatorade e Red Bull possam ter efeitos colaterais nos pequenos. “As crianças nunca precisam de bebidas energéticas”, afirma Holly Benjamin, da Academia Americana de Pediatria. “Elas contêm cafeína e outras substâncias estimulantes que não são nutritivas”.
Segundo os médicos, as crianças podem ser mais vulneráveis ao conteúdo das bebidas energéticas do que os adultos. Se elas tomarem regularmente, isso vai “estressar” o organismo, e não é bom forçar o corpo de uma pessoa que está crescendo.
Para fazer novas recomendações, os pesquisadores revisaram estudos anteriores e relatórios sobre bebidas energéticas e bebidas esportivas, que não contêm quaisquer estimulantes.
Eles observaram que as bebidas energéticas contém uma mistura de ingredientes, incluindo vitaminas e extratos de ervas, com possíveis efeitos colaterais nem sempre bem compreendidos.
Embora não haja muitos casos documentados de danos diretamente ligados às bebidas, estimulantes podem perturbar o ritmo cardíaco e causar convulsões em casos muito raros.
Porém, é definitivamente uma preocupação. Recentemente, um garoto de 15 anos com déficit de atenção e hiperatividade foi parar no hospital com uma crise depois de ter bebido duas garrafas de um refrigerante que contém cafeína.
Segundo Holly, o menino já estava tomando medicação estimulante, e a cafeína extra pode ter “sobrecarregado” seu corpo. “Nunca se sabe”, comenta.
Pediatras já descreveram casos de convulsões, delírios, problemas cardíacos e renais ou lesão de fígado em pessoas que tinham bebido uma ou mais bebidas energéticas não alcoólicas, incluindo marcas como Red Bull, Spike Shooter e Redline.
Esses casos podem ser raros, e não conclusivamente ligados à bebida, mas os médicos pedem cautela, especialmente em crianças com condições médicas.
Os fabricantes afirmam que seus produtos melhoram o desempenho físico e mental, e não causam nenhum problema. Em comunicado, a empresa Red Bull expressou: “Os efeitos da cafeína são bem conhecidos. Como uma lata de Red Bull contém aproximadamente a mesma quantidade de cafeína que uma xícara de café (80 mg), deve ser tratada como tal”.
Holly Benjamin disse que, para a maioria das crianças, a água é a melhor coisa para saciar a sede. Para jovens atletas, uma bebida esportiva pode ser útil também, porque contém açúcar. Mas para crianças que levam uma vida menos ativa, bebidas esportivas e energéticas podem apenas servir para acumular alguns quilos extras. Sim, são necessárias mais pesquisas, mas antes prevenir do que remediar.[Reuters]




Bebidas isotônicas podem não ser saudáveis aos adolescentes

     
Segundo um novo estudo, os adolescentes mais ativos nos esportes e outras atividades físicas são mais propensos a saciar sua sede com bebidas feitas especialmente para esportistas, enquanto os adolescentes que passam muito tempo assistindo TV ou jogando videogames tendem a beber mais refrigerante.
Os pesquisadores analisaram dados de uma pesquisa de mais de 15.000 estudantes de ensino médio dos EUA. A maioria dos adolescentes relatou consumir bebidas doces: mais de 60% dos meninos e 50% das meninas bebem pelo menos um refrigerante, bebida isotônica ou outra bebida açucarada por dia. O estudo colocou bebida esportiva, ponche de frutas, chás gelados e outras bebidas que não eram parecidas com refrigerante na mesma categoria.
Os jovens que consumiam bebidas esportivas e outras bebidas não carbonatadas também comiam mais frutas e vegetais, especialmente entre as meninas. Por outro lado, frutas e verduras tendem a diminuir conforme o consumo de refrigerante aumenta.
Os resultados não são surpreendentes. Porém, segundo os pesquisadores, isso pode significar que as crianças estão “se enganando”: as bebidas esportivas doces e coloridas têm desenvolvido uma reputação duvidosa como uma alternativa saudável ao refrigerante. Aqueles que querem seguir um estilo de vida saudável acreditam que estas bebidas são de certa forma boas para eles.
Um único refrigerante pode fornecer uma dose diária de açúcar maior do que os especialistas recomendam. Homens e mulheres adultos devem consumir no máximo 37 g e 25 g de açúcar por dia, respectivamente, enquanto as crianças devem limitar seu consumo a 12 g. Uma lata de Coca-Cola tem 140 calorias e 39 g de açúcar.
Embora as bebidas esportivas contenham carboidratos e eletrólitos como sódio e potássio, que ajudam na hidratação, elas também reúnem uma grande quantidade de açúcar. Uma garrafa de Gatorade, do menor tamanho encontrado no mercado, contém 125 calorias e 35 g de açúcar. Elas não são tão ruins quanto os refrigerantes, no entanto, a última coisa que as crianças precisam é de mais açúcar.
Pesquisas sugerem uma forte ligação entre o consumo de açúcar em excesso, ganho de peso e obesidade, e nos EUA, as bebidas são a maior fonte de açúcar na dieta das pessoas. Entretanto, bebidas esportivas não necessariamente levam ao ganho de peso, e podem ser apropriadas para alguns alunos-atletas e pessoas ativas.
Para as crianças que participam de atividades físicas intensas em um dia quente e úmido, a Academia Americana de Pediatria (AAP) aprova pequenas quantidades de bebidas não-carbonatadas desportivas. Em clima mais ameno, as crianças não precisam de bebidas esportivas, a menos que estejam ativas há mais de três horas.
Adolescentes mais velhos e adultos podem consumir bebidas esportivas depois de atividades físicas de intensidade moderada a alta, que durem mais de uma hora. A desidratação é um perigo comum para atletas jovens, e estudos sugerem que o sabor das bebidas esportivas pode incentivar as crianças a permanecerem hidratadas.
No Canadá, pesquisadores descobriram que crianças que pedalaram por 90 a 180 minutos beberam quase 50% mais água quando era com sabor uva. Se lhes fosse oferecida uma bebida esportiva, eles bebiam 90% mais do que se fosse oferecido apenas água.
O grande problema, porém, é que muitos adolescentes que estão consumindo estas bebidas não estão se exercitando o suficiente para precisar delas para se hidratar.
Os especialistas tem se preocupado muito com o refrigerante. Sua venda é proibida nas escolas em alguns estados dos EUA, como Massachusetts, Pensilvânia, Illinois e Califórnia. Agora, os cientistas estão voltando sua atenção para as bebidas esportivas e outras bebidas açucaradas. A legislatura da Califórnia, por exemplo, está considerando uma proibição de todas as bebidas esportivas açucaradas nas escolas. [CNN] (hypeScience)






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